Saúde à mesa- Tomate
Julho, Agosto e Setembro são os meses do tomate. Por isso aproveite esta época para comer bom tomate. Coma e experimente as diferentes variedades e se tiver oportunidade de ir aos mercados, aproveite para comprar variedades de tomate que os supermercados não vendem.
História
O tomate vem da família solanaceae, que também inclui pimentos, batatas e beringelas. existem mais de 1000 variedades de tomate que diferem de tamanho, forma e cor, que podem ir do vermelho, ao amarelo, cor- de -laranja, verde e castanho. Quantas variedades já experimentámos nós? Por exemplo uma das minhas variedades preferidas, o tomate rosa é uma variedade que não existe nos supermercados, foi deixando de ser cultivada e vendida e neste momento só se encontra à venda através de pequenos produtores. São tomates que atingem facilmente meio quilo cada e às vezes até mais. Quem compraria isto num supermercado??
Acredita-se que o tomate seja natural da América do sul, mas inicialmente o seu cultivo começou no México. Foram os exploradores espanhóis que trouxeram as sementes para a Europa. o tomate foi introduzido na Itália no séc XVI e acredita-se que também por essa época tenha sido introduzo em Portugal.
Inicialmente, o tomate era tido como venenoso pelos europeus e cultivado apenas para efeitos ornamentais, supostamente por causa de sua conexão com as mandrágoras, variedades de Solanáceas e acreditava.se que eram venenosos. Os italianos logo chamaram os primeiros frutos de pomo d'oro (pomo de ouro).
A literatura
culinária espanhola antiga (1599 - 1611) não regista o uso do tomate. Na
Itália, Antonio Latine escreveu, entre 1692 e 1694, o livro de cozinha
napolitana Lo Scalco alla Moderna, em que uma das suas receitas
recomendava levar ao lume pedaços de tomate, sem pele ou sementes,
temperando com salsa, cebola e alho picados, salpicados
com sal e pimenta, acrescidos de azeite e vinagre, para obter um molho
de tomate "de estilo espanhol".
Em 1745, o livro do espanhol Juan Altamiras descrevia
duzentas receitas, dentre as quais treze tinham tomate em seus
ingredientes. Já na Inglaterra, a partir de 1750, se tem evidências de
seu uso pelas famílias judias, que já o consumiam, muito embora permanecesse suspeito ao restante dos cidadãos até o século XIX.
Somente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, inicialmente na Itália, depois na França, na Espanha e em Portugal , tornando-o um dos principais ingredientes da culinária mediterrânea. Alla bolognesa, à espanhola, à mexicana, à la marselhesa, alla napolitana, alla parmigiana, à la orientale, à la niçoise, à portuguesa e à la provençale são apenas algumas das infinitas receitas que adoptaram o fruto como ingrediente; uma lista que não para de se renovar.
Somente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, inicialmente na Itália, depois na França, na Espanha e em Portugal , tornando-o um dos principais ingredientes da culinária mediterrânea. Alla bolognesa, à espanhola, à mexicana, à la marselhesa, alla napolitana, alla parmigiana, à la orientale, à la niçoise, à portuguesa e à la provençale são apenas algumas das infinitas receitas que adoptaram o fruto como ingrediente; uma lista que não para de se renovar.
História da alimentação em Portugal - E o tomate nesta história
Em Portugal a história das nossas receitas e ingredientes é difícil de reunir e encontra-se em livros de
acesso difícil por serem raridades.
Como
seria hoje a nossa alimentação se não conhecêssemos a abóbora, o
amendoim, o ananás, a batata, o cacau, o feijão, o girassol, o milho, o
pimento e o tomate? Muito monótona, certamente. Ora, na realidade, todos estes produtos são de origem americana e eram perfeitamente desconhecidos na Europa, e no resto do mundo, antes de 1500. A dieta medieval portuguesa era bastante limitada, constando sobretudo de pão de trigo ou centeio; de legumes variados, com predomínio para as couves, o grão e as favas; de frutas, como as castanhas, as maçãs, as uvas ou os marmelos; de vinho e de azeite; e de mel, que servia de adoçante. Algum peixe e alguma carne completavam a mesa dos mais abastados. Com grandes viagens de descobrimento, a partir do século XV, tudo mudou. |
Nas novas terras contactadas, em África, na Ásia e na América, os navegadores portugueses depararam com novos alimentos e novos condimentos, anteriormente desconhecidos ou pouco vulgarizados. E logo se encarregaram de os divulgar e, quando possível, de os transplantar para Portugal ou para os arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os descobrimentos portugueses tiveram, assim, um enorme impacto nos hábitos alimentares de muitos povos. A dieta dos europeus, graças à viagem das plantas, alterou-se radicalmente, sendo enriquecida com numerosos produtos vegetais oriundos de outros continentes. A cana-de-açúcar, originária da Ásia, passou a ser cultivada no Algarve e na Madeira, revolucionando a doçaria portuguesa. De África, os navegadores portugueses trouxeram a malagueta, o coco, a melancia, e mais tarde também o café, que diversificaram a nossa gastronomia. Da Ásia, vieram especiarias exóticas como a pimenta, a canela, o gengibre e o cravo-da-índia, que se vulgarizaram em Portugal e, logo depois, na Europa. Vieram também frutas então quase desconhecidas entre os europeus, como a banana, a manga e a laranja doce. Da longínqua China, os portugueses trouxeram ainda o chá, que é hoje a bebida mais consumida a nível mundial. Mas a América, contactada pela primeira vez em finais do século XV por portugueses e espanhóis, era o continente mais rico e exuberante em termos vegetais. De lá trouxeram os navegadores ibéricos numerosos produtos que hoje fazem parte integrante da gastronomia europeia, como a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, a batata-doce, a baunilha, o cacau (e o chocolate), o caju, o feijão, o girassol, o maracujá, o milho, a papaia, o pimento e o tomate. A realidade é que o tomate está presente em diversas receitas tradicionais portuguesas:
Porque razão devemos comer tomate?
O tomate é rico em vitamina C e potássio. É uma boa fonte de químicos vegetais como fitosteróis
, betacaroteno e licopeno, um potente antioxidante que se torna mais abundante quando os tomates são cozinhados. |
O tomate é bom para:
Doenças cardiovasculares- Actualmente
a maior parte das pesquisas sugere que produtos de tomate podem ser
mais cardioprotectores do que o licopeno só por si. Ou seja, o tomate
reduz a morte celular e outros dados no coração, além de ajudarem a
reduzir a agregação das plaquetas ( espessamento do sangue).
Cancro: Os
nutrientes naturais do tomate produziram em estudos de cancro maior
efeito que a toma de suplementos de licopeno. Este estudo aplicou-se ao
cancro em geral, mas também em especial ao cancro colorrectal, cancro
dos ovários e cancro da próstata.
Dicas de utilização do tomate
- Escolha tomates vermelhos, maduros mas de pele macia~;
- Devem ter uma fragrância a tomate, isto significa que foram colhidos maduros;
- Conserve o tomate à temperatura ambiente;
- Não utilize utensílios de alumínio para cozinhar o tomate, pois o seu ácido vai interagir com o metal e fazer com que o alumínio passe para os alimentos;
- Faça sandes de tomate com queijo,( fresco ou flamengo) uma pitada de orégãos e de sal e delicie-se!
- Faça molhos, sopas , arrozes, saladas, use o tomate, principalmente na sua época, cozinhado ou cru.
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